Como somente algumas pessoas sabem, tenho o costume de assistir a filmes pela manhã, mas entendam pela manhã como seis horas, e também, de escrever nesse período, e hoje, em um canal de televisão por assinatura vi o filme : Os delírios de moda de Becky Bloom, que trata da história de uma jovem que é compulsiva por compras de roupas, bolsas e sapatos e que no final da trama entende que somente adquire coisas tentando encontrar nelas a sua satisfação pessoal.
Quem leu o livro Contos e Encantos do Cotidiano deve se lembrar do conto " O DESPOJAR" que cita uma jovem que compra, compra, compra e compra e nem sabe o que tem dentro do armário.
Infelizmente esta é uma realidade e, a compulsão é uma doença silenciosa.
Segundo o dicionário informal, COMPULSÃO é a tendência à repetição, impulso ou sensação de estar sendo levado, irresistivelmente, a executar alguma ação irracional. (<http://www.dicionarioinformal.com.br/significado/compuls%C3%A3o/10350>).
Há várias categorias de compulsão: a alimentar, por limpeza, por compras, por atenção, a desafiadora, a bipolar, a sexual dentre outras. Na verdade, o ser compulsivo se desenvolve pelo não conhecimento de si próprio e de suas necessidades. A compulsão também é conhecida como "MANIAS".
Muitos desenvolvem o TOC - Transtorno Obsessivo Compulsivo quando essa compulsão vai para seu estado de doença. Coloco uma parte de uma pesquisa feita há tempos atrás, quando fazia uma monografia sobre TDAH - Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, e que todos tem acesso fácil sobre o assunto:
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
O transtorno obsessivo-compulsivo é considerado o quarto diagnóstico psiquiátrico mais frequente na população.1 De acordo com os dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), até o ano 2020 o Transtorno Obsessivo-Compulsivo estará entre as dez causas mais importantes de comprometimento por doença.2 Além da interferência nas atividades, os sintomas obsessivo-compulsivos (SOC) causam incomodo e angústia aos pacientes e seus familiares.
Apesar de ter sido descrito há mais de um século,3 e dos vários estudos publicados até o momento, o Transtorno Obsessivo-Compulsivo ainda é considerado um "enigma". Questões como a descoberta de possíveis fatores etiológicos, diversidade de sintomas e como respondem aos tratamentos continuam sendo um desafio para os pesquisadores.4
Estudos indicam que uma das dificuldades para encontrar essas respostas deve-se ao caráter heterogêneo do transtorno. Vários estudos têm apontado para a importância da identificação de subgrupos mais homogêneos de pacientes com Transtorno Obsessivo-Compulsivo. Esta abordagem visa a buscar fenótipos mais específicos que possam dar pistas para a identificação dos mecanismos etiológicos da doença, incluindo genes de vulnerabilidade e, por fim, o estabelecimento de abordagens terapêuticas mais eficazes.5
Alguns subtipos de Transtorno Obsessivo-Compulsivo têm sido propostos. Dentre eles, dois subtipos bastante estudados correspondem aos pacientes com início precoce dos Sintomas Obsessivo- Compulsivos.4 e o subtipo de Transtorno Obsessivo-Compulsivo associado à presença de tiques e/ou síndrome de Tourette (ST)6 7 Esses dois subgrupos de pacientes apresentam características clínicas, neurobiológicas, de neuroimagem, genéticas e de resposta aos tratamentos distintos e que os diferenciam de outros pacientes. É importante ressaltar também que esses dois subtipos apresentam características semelhantes, o que dificulta a interpretação de sua natureza, ou seja, torna-se difícil diferenciar se as características encontradas são devido ao início precoce dos Sintomas Obsessivo- Compulsivos ou à presença de tiques.Lavar as mãos constantemente caracteriza obsessão por higiene, um dos sintomas mais comuns do TOC.
Compulsão é um comportamento consciente e repetitivo, como contar, verificar ou evitar um pensamento que serve para anular uma obsessão. Outros exemplos de compulsão são o ato de lavar as mãos ou tomar banho repetidamente, conferir reiteradamente se esqueceu algo como uma torneira aberta ou a porta de casa sem trancar. Deve-se deixar claro porém que para que esses comportamentos sejam considerados compulsivos, devem ocorrer em uma frequência bem acima do necessário diante de qualquer padrão de avaliação.
Acomete 2 a 3% da população geral. A idade média de início costuma ser por volta dos 20 anos e acomete tanto homens como mulheres. Depressão Maior e Fobia Social podem acometer os pacientes com Transtorno Obsessivo-Compulsivo ao longo da vida. (<https://pt.wikipedia.org/wiki/Transtorno_obsessivo-compulsivo.)
A compulsão está presente em crianças, jovens, adultos e na Melhor Idade, porém, é muitas vezes, ignorada. É importante observar. O compulsivo não percebe o que faz e quando se dá conta disso vai para o fundo do poço se não tiver ajuda.
Voltando ao filme, a garota se afunda em dívidas no cartão de crédito por conta das compras excessivas. Remeto-me novamente ao texto " O DESPOJAR". Será que é necessário todas as roupas e sapatos dentro daquele armário para que sejamos felizes? Será que a grande quantidade de "coisas" têm o poder de nos saciar tanto assim a ponto de nos endividarmos, de engordarmos, de nos matarmos na academia, de desafiarmos os outros e a nós mesmos a ponto de colocarmos em risco as nossas vidas?
De maneira geral, as pessoas responderiam a este questionamento como "- Não, é claro que não". "- Eu? Eu me conheço bem e não corro esse risco!".
Quem responde dessa maneira são os mais propensos a sofre da famigerada compulsão, uma vez que não admitem que são humanos e podem, a qualquer momento, cair no conto da RECOMPENSA por algo que fizeram ou não fizeram. Se fizeram, compensam-se por terem conseguido finalizar a tarefa ou afins e, se não fizeram, compensam-se pela frustração de não terem conseguido fazer a tarefa ou afins.
A palavra que se liga à COMPULSÃO, na maioria das vezes é a palavra FRUSTRAÇÃO.
Não me estenderei mais, já que este assunto é muito rico e nosso relógio nos obriga aos compromissos diários.
Contudo, convido vocês, meus estimados amigos leitores a fazerem uma análise na fatura de seus cartões de crédito, em seus armários, em suas geladeiras, em suas garagens e em todos os lugares que guardamos as "coisas". Se encontrarem excesso de "coisas", verifiquem suas emoções. Sem querer, vocês podem se surpreender.
Bia Fernandes
Cara amiga,
ResponderExcluirEsta sua postagem requer muita reflexão.
A compulsão, segundo alguns estudiosos de Marketing é um apelo utilizado pelos profissionais de vendas para produzir nas pessoas uma grande atração, às vezes até incontrolável pelos produtos que estão sendo ofertados pelo comércio. Nesse caso específico, é considerada uma estratégia de vendas, cujo objetivo primordial é atrair o comprador, e o foco é mostrar o produto de forma admirável.
Nos meus áureos tempos como administrador de empresa, funcionário de banco, passei por algumas reciclagens nesse sentido em cursos de administração e marketing por objetivos, que enfatizavam com veemência a compulsão às compras.
Já no campo médico psicológico meu conhecimento se restringe a algumas leituras que fiz sobre a compulsão e uma novela recente que assisti, doença que atinge ambos os sexos, com uma tendência maior para as mulheres da classe média e alta, pela dependência de compras em shoppings centers ou outras lojas.
Hoje em dia, na era cibernética, não podemos deixar de lado a compulsão pelo computador, de certa forma uma doença que atinge todas as idades, e o foco principal são os games e as redes sociais.
Portanto para atender ao seu pedido de análise pessoal no tocante a esse problema, posso lhe assegurar que, de fato, dificilmente as pessoas deixam de ter compulsão por alguma coisa, frente à diversificação de tentações que invadem a mídia falada e escrita! E nós seres humanos somos envolvidos cotidianamente por esses desejos .
Parabéns por mais esse texto, que reflete antes de tudo a sua preocupação de Escritora com os problemas sociais!
Hamilcar Marques – 26/07/2013.