Viajando, saindo ou não saindo do lugar, podemos tentar, ao menos tentar, fazer um processo de pesquisa dentro de nós mesmos para que as respostas sobre o que somos e o que queremos surjam ou não.
Pois bem.
Em uma sala de jogos com várias pessoas, numa cidade interiorana da Bahia, uma jovem se aprochegou a mim e me perguntou por que eu escrevia textos reflexivos.
A minha resposta para essa questão fora de que gosto de sempre ter uma ou várias pulgas atrás da orelha.
Ela então, questionou-me sobre o por que de ter uma pulga atrás da orelha se já consegui alcançar muitos objetivos em minha trajetória de vida, depois de ter pesquisado um pouco sobre mim.
A minha resposta fora que sempre quero buscar algo mais. Não que eu seja ou esteja insatisfeita com o que tenho ou com o que faço, muito pelo contrário, mas porque vejo a inércia do mundo e questionar aguça os meus sentidos fazendo com que eu faça parte dessa inércia, agindo como protagonista e não como coadjuvante do mundo que me pertence.
Ela, novamente não compreendendo o "x" da questão perguntou se todos os bens materiais que eu possuia não me eram suficientes para "curtir a vida" e "aquietar a alma".
Respondi que nada havia de errado com os bens adquiridos e com a paz de minha alma, mas, que o processo de aprendizado de minha vida ainda não estava concluído. Complementei dizendo que todos os apetrechos materiais são frutos de minha alma.
Ela, ficou com uma expressão tão interessante que parecia ter engolido um ponto de interrogação gigante e este lhe teria formatado o rosto e então, não sendo certo que ela ficasse sem a explicação para minhas palavras e para que ela começasse a compreender do que falo inqueri as perguntas:
Como se consegue viver sem se perguntar o que acontece em sua própria vida...?
Como se pode viver sem se entender?
Como se pode falar sem compreender o que vai dentro de si mesmo?
São apenas perguntas que mereceriam ao menos um momento de atenção... você não acha?
A resposta que me veio fora de que ela não tinha tempo para ficar pensando, sentada em um sofá ou em outro lugar qualquer. Em resumo, uma perda de tempo, e, assim sendo, desistiu de sua tese sobre me convencer que a reflexão é inócua.
Caríssimos, a reflexão é poderosa.
Caso consigamos questionar sobre nós mesmos, encontrando ou não uma resposta, já somos vencedores neste jogo da vida.
O ato de questionar gera mudanças e, por mais difíceis ou muitas vezes doloridas que estas sejam, sempre são positivas.
Convido a você, isso mesmo, VOCÊ, que está lendo este texto a refletir sobre isso e postar ou não o seu comentário.
Sua opinião já é uma criteriosa ação para a mudança.
Bia Fernandes